Vamos tratar aqui de dois verbos que normalmente causam problemas quanto aos seus empregos. Segundo a norma culta da língua portuguesa, os benditos verbos haver e fazer devem ser empregados com cautela, pois, a depender do uso em determinadas sentenças, podem apresentar cargas de valor "pessoal" ou "impessoal". Vejamos as tabelas abaixo para melhor exemplificar essas diferenças:
O VERBO FAZER
Em seu sentido prototípico, ou seja, de construir,
fabricar, confeccionar etc., esse verbo tem sujeito e com ele concorda:
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Quando indicar tempo decorrido ou fenômeno climático
esse verbo não terá sujeito, portanto não deverá ser flexionado:
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- Ele fez folia
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- Faz calor
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- Elas fazem salgados
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- Fazia frio
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- Tu farás o que é legal
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- Faz dez anos
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- Nós faremos o serviço
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- Nós fizemos estripulias
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OBS:
Quando empregado em uma locução verbal, indicando
tempo decorrido ou fenômeno climático, o verbo fazer transfere sua
impessoalidade para o verbo auxiliar e assume a forma infinitiva como mostra
o exemplo abaixo:
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- Vai fazer dez anos
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- Irá fazer calor
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O VERBO HAVER
Em tempos compostos e no sentido de “ter”, esse
verbo possui sujeito e com ele concorda:
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No sentido de fazer, indicando tempo passado;
existir, acontecer e ocorrer, não tem sujeito e deverá ficar na 3ª pessoa do
singular:
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- Eles haviam planejado.
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- Há dias está chovendo.
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- Nós haveremos de resolver o problema.
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- Havia problemas.
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- Hei de vencer.
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- houve tumulto na plateia
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OBS:
Quando empregado em uma locução verbal, indicando
tempo passado; existir, acontecer e ocorrer, esse verbo transfere sua
impessoalidade para o verbo auxiliar e assume a forma infinitiva como demonstram
os exemplos abaixo:
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- Deve haver empenho
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- Poderia ter havido mais empenho
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