quinta-feira, 21 de novembro de 2013

POLITICAMENTE CORRETO: A ARTE DE SE FINGIR DE MORTO




O politicamente correto consciente, ou inconscientemente, cobrado numa época em que "não" se pode discordar da "ideologia" do outro, está gerando aquilo que George Orwel, em seu livro "1984", chamou de "NOVALÍNGUA" - língua criada para fazer com que as pessoas falassem somente aquilo que era de interesse do governo ditador, que se intitulava de “O Grande Irmão" (Big Brother). 

Em certa passagem do livro, o funcionário do governo responsável por atualizar o dicionário, e a "língua nacional", fala sobre a atualização da "novalíngua":

Tenho a impressão de que imaginas que o nosso trabalho consiste principalmente em inventar novas palavras. Nada disso! Estamos é destruindo as palavras - às dezenas , às centenas, todos os dias. Estamos reduzindo a língua à expressão mais simples. A décima primeira edição não conterá uma única palavra que possa se tornar obsoleta até 2050.

Com o advento do politicamente correto, a ficção de George Orwel parece estar se tornando realidade: o nosso repertório linguístico está ficando cada vez mais coeso, porém incoerente com as nossas "verdadeiras" convicções, tudo por causa da 'praga' do politicamente correto. Estamos nos policiando cada vez mais quando tratamos de assuntos ditos "polêmicos". Consequentemente, está cada vez mais difícil mandar alguém àquele lugar (perceberam? nem consigo mais falar que lugar é esse).


(Giezi)

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