O politicamente correto consciente, ou
inconscientemente, cobrado numa época em que "não" se pode discordar
da "ideologia" do outro, está gerando aquilo que George Orwel, em seu
livro "1984", chamou de "NOVALÍNGUA" - língua criada para
fazer com que as pessoas falassem somente aquilo que era de interesse do
governo ditador, que se intitulava de “O Grande Irmão" (Big Brother).
Em certa passagem do livro, o funcionário do
governo responsável por atualizar o dicionário, e a "língua
nacional", fala sobre a atualização da "novalíngua":
Tenho a impressão de que imaginas que o nosso trabalho consiste principalmente em inventar novas palavras. Nada disso! Estamos é destruindo as palavras - às dezenas , às centenas, todos os dias. Estamos reduzindo a língua à expressão mais simples. A décima primeira edição não conterá uma única palavra que possa se tornar obsoleta até 2050.
Com o advento do politicamente correto, a ficção
de George Orwel parece estar se tornando realidade: o nosso repertório
linguístico está ficando cada vez mais coeso, porém incoerente com as nossas
"verdadeiras" convicções, tudo por causa da 'praga' do politicamente
correto. Estamos nos policiando cada vez mais quando tratamos de assuntos ditos
"polêmicos". Consequentemente, está cada vez mais difícil mandar
alguém àquele lugar (perceberam? nem consigo mais falar que lugar é esse).
(Giezi)
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