quarta-feira, 26 de junho de 2013

ODE NORDESTINA

















Minha terra tem mandacaru,
Onde canta o carcará;
O sol que nos castiga,
Também dá vida ao brilhar;
Sal a gosto a escorrer e petróleo a minar.

As praias que aqui existem,
São tão belas quanto o mar.
Tempo azul, verde e cinza, poemas ao luar;
A alegria que aqui floresce
Contagia o lugar.

Povo forte, hospitaleiro,
Muitos filhos pra criar;
Cafezinho e tapioca, rapadura e mungunzá,
Angu, feijão de corda, camarão e vatapá;
Um convite a ouvir, uma rede a balançar.

Nosso céu produz estrelas;
Faltam dedos pra contar:
Anjos, Barbosas e Bandeiras;
Clarices, Suassunas e Amados;
Andrades, Guidos e Gonçalves;
Marinas, Alexandres e Giliardes;
Gonzagas, Ivetes e Ramalhos;
Danielas, Margarethes e Azevedos;
Bethanias, Pitys e Raús;
Caetanos, Djavãns e Chicos Science.
  
Minha terra tem alegria,
Anísios, Tons e Shaolins;
Espantas, Muções e Zés Lezin.
São João, frevo e maracatu;
Carnatal, Fortal e Pré-caju.

Minha terra tem Cascudo
E histórias pra contar;
Mitos, lendas e parlendas;
Muita fé, rezas e patuás,
Elas não costumam “faiar”.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que torne a apreciar,
A barragem, a lagoa, o rio e o mar;
O xique-xique florescer, a ema correr
E o canto do carcará.


(Giezi)