quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Livro acadêmico estuda efeitos de ataque de zumbis no mundo

O livro de Daniel Drezner, que vai ser lançado em 2011 nos EUA






















               O livro de Daniel Drezner, que vai ser lançado em 2011 nos EUA (Foto: Divulgação)

Depois de atacar a cultura pop, os cinemas e a literatura, os zumbis agora estão se tornando um assunto sério. A prova disso é que um respeitado professor de política internacional passou meses analisando de forma profunda o impacto que o aparecimento de mortos-vivos teria nas relações exteriores. Depois de misturar o que chama de “cânone” desse tipo de ficção com as principais teorias de relações internacionais, Daniel Drezner, da universidade Tufts, diz que apenas parte do mundo estaria pronta para lidar com os efeitos de um hipotético ataque zumbi.

Seu trabalho teve início depois de ele ler um estudo de matemáticos do Canadá, avaliando pandemias, analisando os zumbis como um agente patógeno e mostrando que, a menos que destruíssemos os zumbis muito rapidamente, a civilização como conhecemos iria acabar. “Percebi que no trabalho não se falava em política, e achei que era preciso analisar as questões de política internacional.” Ele então fez esta análise em um texto no site da revista "Foreign Policy". “Estava sendo ao mesmo tempo sério e bobo. Mas houve uma reação imensa, com vários colegas que ensinam relações internacionais achando uma ótima forma de atrair a atenção dos estudantes. A verdade é que os jovens de 18 anos sabem mais sobre zumbis do que sobre relações internacionais. Esta é uma forma de prender a atenção deles.”

A pesquisa dele usou como base os trabalhos existentes sobre "política de desastre", que é como os estados respondem a problemas parecidos com zumbis, como pandemias, furacões, terremotos, bioterrorismo. “Tive que pensar em uma atualização disso para um problema global no século XXI. O livro é obviamente escrito para fazer as pessoas rirem, mas foi escrito de uma forma completamente séria. Eu defendo publicamente tudo o que escrevi, pois fiz uma pesquisa séria.”

Brasil

Segundo Drezner, o Brasil provavelmente não estaria entre os países mais afetados por um possível ataque de mortos-vivos. “Os países mais pobres, os estados falidos, provavelmente sofreriam mais. Mas o Brasil é uma potência ascendente, e provavelmente conseguiria evitar um problema maior com os zumbis.”

Ele alega, entretanto, que isso depende do local em que este problema surgisse. “Se tudo começasse no hemisfério oriental, o Brasil e o continente americano como um todo teriam mais tempo para se preparar e reagir. Se começasse, entretanto, numa favela do Rio de Janeiro, então o problema para o Brasil seria bem maior”, diz.

Leia a introdução do livro (em inglês)

“Olhando de forma séria, os mortos-vivos são como qualquer outro choque sistêmico global, como uma pandemia ou o próprio aquecimento global. Os países mais ricos e avançados, as maiores potências, provavelmente estariam prontos para lidar bem com este problema”, disse Drezner, em entrevista ao G1. A tese dele é parte do livro "Principles of international politcs and zombies" (Princípios de política internacional e zumbis), que vai ser publicado em 2011 pela editora da Universidade Princeton, nos Estados Unidos. “É um livro que tenta ser ao mesmo tempo sério e engraçado”, explica.

Ator fantasiado de zumbi faz promoção de seriado de TV em rua da capital dos Estados Unidos (Foto: AFP)


Daniel Buarque Do G1, em São Paulo

Veja a matéria completa clicando no link abaixo
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/12/livro-academico-estuda-efeitos-de-ataque-de-zumbis-no-mundo.html

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(Fonte: G1)

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